Carta O
Berro......................... .............................. ..repassem
As armas nucleares são financiadas pelos Bancos
Mais de 300 empresas financiam e mantêm esta indústria bélica
Sección: Comercio de armas
Viernes 9 de marzo de 2012 0 comentario(s) 128 visita(s)
Viernes 9 de marzo de 2012 0 comentario(s) 128 visita(s)
Thalif Deen
IPS
A
indústria mundial de armas nucleares é financiada e mantida viva por mais de 300
bancos, fundos de pensão, companhias de seguros e gestores de ativos, segundo um
novo estudo.
Essas
instituições realizam substanciais investimentos na fabricação de armas
atômicas.
Divulgado
pela Companhia Internacional para Abolir as Armas Nucleares (ICAN), o estudo de
180 páginas assinala que as nações com poder nuclear gastam mais de 100 milhões
de dólares por ano fabricando novas ogivas, modernizando as velhas e construindo
mísseis balísticos, bombardeiros e submarinos para
lançá-las.
Grande
parte deste trabalho é realizado por corporações como BAE Systems e Babcock
International na Grã-Bretanha, Lockheeed Martin e Northrop Gurmman nos Estados
Unidos, Thales e Safran, na França, e Larsen & Toubro, na
Índia.
“Instituições
financeiras investem nessas companhias provendo empréstimos e comprando ações e
bônus”, indica o informe, considerado o primeiro nesta
pesquisa.
Intitulado
“Don’t Bank on the Bomb: The Global Financing of Nuclear Weapons Producers”
(“Não confiem na bomba: O financiamento mundial dos produtores de armas
nucleares”), o estudo contém detalhes das transações financeiras com 20 empresas
intensamente envolvidas na fabricação, manutenção e modernização das forças
atômicas estadunidenses, britânicas, francesas e da Índia.
É
necessário uma URGENTE CAMPANHA MUNDIAL COORDENADA, PELO NÃO INVESTIMENTO
EM ARMAS
NUCLEARES, adiciona.
Um
movimento assim poderia ajudar a parar os programas de modernização e
fortalecimento de armamentos e impulsionar as negociações em direção a uma
PROIBIÇÃO UNIVERSAL DESSE TIPO DE BOMBAS. “Deixar de investir nas
companhias de armas nucleares É UMA FORMA EFETIVA QUE O MUNDO CORPORATIVO
AVANCE À META DE UMA ABOLIÇÃO NUCLEAR”, afirma o
estudo.
O
trabalho chama as instituições financeiras para que deixem de investir na
indústria armamentista atômica.
“Qualquer
uso de armas nucleares violaria o direito internacional e teria catastróficas
conseqüências humanitárias. Ao investir nos fabricantes, as instituições
financeiras estão de fato facilitando a construção de forças atômicas”,
indica.
No
prólogo do informe, o arcebispo anglicano sul-africano Desmond Tutu, prêmio
Nobel da Paz, assinala: “Ninguém deveria fazer lucros com esta terrível
indústria da morte, que nos ameaça a todos”. O líder pacifista instigou as
instituições financeiras que apóiem os esforços para eliminar a ameaça atômica,
e destacou que o término dos investimentos foi vital na campanha para colocar
fim ao apartheid (sistema de segregação racial contra a maioria negra) na África
do Sul. A mesma tática poder e deve ser empregada para enfrentar a criação mais
maligna do homem: a bomba nuclear adicionou.
Por sua
parte, TIM Wright, diretor de campanhas da ICAN e co-autor do informe, disse a
IPS que algumas das instituições identificadas no trabalho já expressaram sua
“intenção de adotar políticas proibindo os investimentos na fabricação de armas
atômicas”.
A
campanha para que cessem os investimentos “provavelmente será mais exitosa nos
países onde a oposição às armas nucleares é mais forte”, por exemplo, os
escandinavos e o Japão, indicou.
Destacou
que cada vez mais, os bancos reconhecem que se deve aplicar algum tipo de
critério ético aos investimentos, e que apoiar a fabricação de armas capazes de
destruir cidades inteiras num instante, era algo claramente contrário à
ética.
Das 322
instituições financeiras identificadas no informe, quase a metade tem sede nos
Estados Unidos e um terço na Europa. O estudo também denuncia a instituições da
Ásia, Austrália e Meio Oriente.
AS MAIS
ENVOLVIDAS COM A INDÚSTRIA DE ARMAS NUCLEARES SÃO: BANK OF AMERICA, BLACKROCK E
JP MORGAN CHASE nos Estados Unidos, BNP PARIBAS, na França, ALLIANZ E DEUTSCHE
BANK, na Alemanha, MITSUBISHI UJF FINANCIAL, no Japão, BBVA e BANCO SANTANDER, na
Espanha, CREDIT SUISSE e UBS, na Suíça e BARCLAYS, HSBC, LLOYDS e ROYAL BANK OF
SCOTLAND, na Grã- Bretanha.
Consultado
sobre se seria viável uma campanha para boicotar essas entidades, Wright disse a
IPS: “Se os bancos resistem a ceder, os clientes terão que buscar alternativas
éticas”.
Muitos
outros bancos, particularmente pequenos, negam-se a ter qualquer tipo de vínculo
com esta indústria, destacou: “Se multidões de pessoas começarem, isto enviará
um poderoso sinal ao banco de que seu apoio às companhias de armas nucleares é
inaceitável”. No caso das instituições multinacionais, uma campanha coordenada
de boicote em vários países seria efetiva, sustentou.
O estudo
também cita Setsuko Thurlow, sobrevivente da bomba atômica lançada pelos Estados
Unidos sobre a cidade japonesa de Hiroxima em 1945, o qual fez um chamado para
investir de uma forma ética e a não contribuir com atividades que ameacem a
Terra.
Trad.
Vera Vassouras
______________________________
No hay comentarios:
Publicar un comentario