Colômbia
“Colômbia é perdedora no comércio mundial”, afirma Rede de Ação contra o Livre Comércio
Camila Queiroz
Jornalista da ADITAL
Adital: www.adital.com.br
Esta é a conclusão de um recente estudo elaborado pela Rede de Ação contra o Livre Comércio (Recalca, por suas siglas em espanhol), intitulado Comércio exterior e atraso na produção, dos pesquisadores Tito Pérez e Mario Alejandro Valencia. O documento, que se refere ao Tratado de Livre Comércio (TLC) entre a Colômbia e a União Europeia, mostra o país como um exportador "nato” de matérias-primas, enquanto seus "sócios” nos TLC, como Estados Unidos, Canadá e União Europeia, são os maiores produtores mundiais de bens manufaturados e de alta tecnologia.
Segundo o estudo, durante os primeiros nove anos do atual século, a Colômbia exportou 105 milhões de dólares em produtos tradicionais "e em troca comprou 163.376 milhões de dólares em bens de capital e intermeios, um balanço visivelmente negativo”. A conseqüência é um déficit na balança comercial que soma quase dois milhões de dólares neste mesmo período, pelo que "a promessa de que eram as exportações o que salvaria a economia não se cumpriu”, como apontam os autores da pesquisa.
Em meio a esta situação, o governo colombiano insiste em ratificar um TLC com a União Europeia em condições profundamente desvantajosas. "A produção européia é 66 vezes superior à nossa e as exportações são 48 vezes maiores. Mesmo assim, os que estão negociando não consideram a situação uma assimetria, senão uma magnífica oportunidade!”, denuncia o documento.
Para os pesquisadores da Recalca, fica claro que, num tratado entre Colômbia e União Europeia, esta última é ganhadora absoluta, pois abre mercados para si e melhora de posição. Os exemplos são bastante claros: nos produtos químicos, a Colômbia exporta 61 milhões de euros e importa 686 milhões. Em manufaturas, o país vende 22 milhões e compra 242 milhões. Em maquinaria e equipamentos, a diferença é abismal: exporta 30 milhões e importa 1.683 milhões. "A quem favorece este comércio?”, questionam.
O estudo rebate os argumentos de que um Tratado de Livre Comércio é necessário para diversificar produtos e mercados. "Estados Unidos, China, Japão e Canadá não o têm e são os países que mais vendem à União Europeia. Por outro lado, os países da ACP [África, Caribe e Pacífico], que contam com mais benefícios de impostos e alfandegários para negociar com a UE, não estão dentre seus principais sócios”, respondem. Nigéria está em 26° lugar dentre os principais sócios da União Europeia; México, com quem tem um TLC desde o ano 2000, ocupa a 21ª posição, enquanto o Chile, com um TLC desde 2002, aparece em 35° lugar.
Para os autores, o comércio exterior é a causa do atraso na produção da Colômbia. Como exemplo, citam o café. "O livre comércio cafeeiro se impôs para dar renda fácil à especulação financeira. A Colômbia é agora o quarto exportador mundial e se se contam as reexportações da Alemanha, seria o quinto. As últimas colheitas têm os mesmos níveis há 35 anos e as exportações são cada vez menores”.
O estudo completo pode ser consultado no site da rede: http://www.recalca.org.co/
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