Carta O
Berro......................... .............................. ..repassem
--- Original Message -----
Guerra do Iraque: um milhão de
milhões de dólares e um milhão de mortos depois...
6 de Janeiro
de 2012
Fonte:
octopedia.blogspot.com
Oito anos após o início
da “Operação Liberdade do Iraque” (Operation Iraqi Freedom) a
coligação liderada pelos Estados Unidos deixa no país um rasto de morte e
destruição.
Esta guerra terá tido um custo de um milhão de milhões de dólares, mas é sobretudo o custo humano que tem números arrepiantes: mais de 70 000 soldados americanos e cerca de 1 000 000 de iraquianos mortos, sem contar um número astronómico de feridos e deficientes.
A guerra dos números.
Esta guerra terá tido um custo de um milhão de milhões de dólares, mas é sobretudo o custo humano que tem números arrepiantes: mais de 70 000 soldados americanos e cerca de 1 000 000 de iraquianos mortos, sem contar um número astronómico de feridos e deficientes.
A guerra dos números.
Nada justifica a perda de uma única
vida, aqui estamos perante números aterradores.
Oficialmente, terão sido 3 865 os
soldados americanos vítimas da guerra do Iraque (1). A Associação dos Antigos
Combatentes americanos aponta para mais de 70 000, o seja um número superior ao
dos soldados mortos durante a guerra do Vietname que terão sido de 58 195.
Segundo essa associação, terão
morrido, no Iraque, 73 846 americanos, dos quais 17 847 soldados no campo de
batalha e 55 999 do pessoal de apoio.
Aparece também um número curioso,
para meditar, é o número das chamadas doenças não-diagnosticas que terão sido de
14 874.
O número de queixas interposto
pelos soldados por deficiência adquirida durante a guerra é de 1 620 906, ao
todo 36% dos soldados dizem-se vitimas de uma qualquer deficiência.
Um assunto tabu é o número de
suicídios de antigos combatentes que o Pentágono procura esconder. Só no ano de
2005, a televisão CBS, após um inquérito, descobriu 6 256, o que dá uma média de
120 suicídios por semana.
Mais de um milhão de iraquianos
mortos.
O número exacto de
iraquianos mortos durante esta guerra é difícil de estabelecer. Na realidade,
ninguém sabe ao certo quantos iraquianos morreram durante este conflito. A
frieza dos números aponta para um valor que varia entre 100 000 e 1,2 milhões de
mortos, dependendo da fonte.
A Organização Mundial de
Saúde (OMS) e o ministério da saúde iraquiano, durante um inquérito realizado
durante o ano de 2007, tinham chegado à conclusão de que teria havido 151 000
mortos iraquianos durante os primeiros 3 anos de guerra, ou seja uma média de
120 por dia.
Um outro inquérito da
revista médica “The Lancet”, publicado em 2006 dava conta de mais de 600 000
iraquianos mortos. Este número arrepiante, significa mais de 500 mortos por dia
e um total de 2,5% da população.
Por fim, o instituto de
sondagens britânico Opinion Research Business (ORB) dava conta, em 2007, que 16%
dos iraquianos entrevistados afirmavam ter tido um membro da família morto, e 5%
dois. Chegaram à conclusão que, contas feitas, terá havido mais de um milhão de
iraquianos mortos durante a guerra, numa população de 26 milhões de
habitantes.
Estados Unidos
abandonam um Iraque radioactivo.
Mais de 1820 toneladas de
resíduos radioactivos (urânio empobrecido) rebentaram no solo iraquiano. Um
enorme desastre ecológico. Em comparação, a bomba de Hiroshima tinha 64 kg, o
que representa mais de 14 000 bombas de Hiroshima.
Durante centenas de anos
esses resíduos radioactivos irão continuar a matar. Alguns cientistas pensam que
actualmente existe matéria radioactiva suficiente para matar um terço da
população mundial.
Apesar de nunca terem sido encontradas armas de
destruição massiva no Iraque, são os Estados Unidos que colocaram agora no
terreno essas ditas armas, sob a forma de material
radioactivo. A taxa de malformação congénita aumentou
600%.
Quanto maior a destruição, maior o negócio da reconstrução.
O custo da reconstrução do Iraque está avaliado em 100
mil milhões de dólares. O negócio do século. Praticamente tudo foi destruído
pelos bombardeamentos: poços de petróleo, hospitais, estradas, aeroportos,
portos, redes eléctricas e de água, escolas...
As empresas escolhidas
para a reconstrução são apenas seis, todas americanas, todas seleccionadas pelo
ministério da defesa americano. A cabecear esta lista: Halliburton, cujo o
antigo presidente era o vice-presidente americano Dick Cheney, o qual ainda faz
parte do conselho de administração da filial Kellog Brown & Root. Também
temos a empresa Bechtel Corp. que era presidida por George Shultz, antigo
secretário de estado americano.
A principal diferença
entre o plano Marshall e a reconstrução do Iraque é que o primeiro destinava-se
a reconstruir o que os nazis tinham destruído durante a a guerra, enquanto que
no Iraque, foram os próprios Estados Unidos que destruíram as redes de água,
electricidade, aeroportos, escolas e hospitais.
Tudo leva a crer que essa
destruição foi premeditada, senão como explicar, por exemplo, o bombardeamento
das redes de água e electricidade em Bagdade, quando os americanos não se
cansavam de referir que as suas “bombas inteligentes” apenas destruíam com
grande precisão objectivos bem definidos.
Como é o Pentágono que
decide quais são as empresas que vão participar na reconstrução, os Estados
unidos contrataram-se a eles próprios. Na escolha das empresas de reconstrução
não intervêm quaisquer organizações internacionais.
Do ponto de vista puramente comercial, o acordo de Camp David, em 1989, previa que as empresas egípcias e israelitas teriam um tratamento preferencial nos casos em fossem necessárias reconstruções em países do Médio-Oriente. O Egipto nunca beneficiou desse tal acordo, enquanto que as empresas de Israel já obtiveram contratos de mais de 7 mil milhões de dólares.
Do ponto de vista puramente comercial, o acordo de Camp David, em 1989, previa que as empresas egípcias e israelitas teriam um tratamento preferencial nos casos em fossem necessárias reconstruções em países do Médio-Oriente. O Egipto nunca beneficiou desse tal acordo, enquanto que as empresas de Israel já obtiveram contratos de mais de 7 mil milhões de dólares.
Nota:
1-
4484 militares dos EUA mortos no Iraque, segundo
icasualties.org (nota do TMI)
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