Carta O
Berro......................... .............................. ..repassem
Octopus
|
Posted:
20 Feb 2012 08:47 AM PST
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A maior organização filantrópica do
mundo, a Fundação Ford, é na realidade a maior fachada da CIA par
subverter regimes políticos estrangeiros, fomentar revoltas e penetrar nos
movimentos alternativos mundiais, tudo em nome da hegemonia económica
americana.
Uma curiosa fundação
filantrópica.
A Fundação Ford é uma organização
filantrópica, com sede em Nova Iorque, que tem oficialmente como objectivo
o financiamento de projectos como os da defesa da democracia e a redução
da miséria.
Foi criada em 1936 por Henry Ford, figura
lendária da indústria automóvel, mas também antissemita militante, que
financiou o nacional-socialismo alemão e que detinha uma grande parte do
capital da empresa química IG Farben, frabicante do gás zyklon B. Também
foi ele que nos anos trinta construiu as primeiras fabricas de produção
automóvel para Stalin.
Uma fachada da CIA.
A Fundação Ford é a maior fundação
filantrópica do mundo, mas na realidade, foi fundada para servir de
fachada às operações financiadas pela CIA. O objectivo é interferir no
regimes políticos dos outros países isolando movimentos de oposição aos
interesses americanos. Funciona como uma extensão do governo dos Estados
Unidos.
Um caso típico, é o financiamento do
Congresso para a Liberdade da Cultura (Congress for Cultural Freedom),
fundada em 1950, com sede em Paris, que é financiado pela CIA através da
Fundação Ford.
Durante a "guerra fria" este Congresso
tinha por missão a elaboração de uma ideologia anti-comunista aceitável
tanto para a direita conservadora, como para a esquerda socialista e
reformista. Uma das suas criações foi a retórica da possibilidade da
existência de uma "terceira via" que era, nem mais nem menos, uma
"desmarxialização" dos meios intelectuais ligados aos Partidos Comunistas
europeus.
Neutralizar os opositores.
Desde a sua criação, a Fundação Ford não
mudou os seus objectivos: a defesa dos interesses estratégicos dos Estados
Unidos. A diferença, é que actualmente tem vindo a desenvolver um novo
método de ingerência: o "soft power", isto é, intervir nos debates
internos dos seus adversários, através de subvenções, de modo a favorecer
entre os vários grupos rivalidades esterilizantes.
Antigamente, os dirigentes da fundação e
os da CIA iam-se revezando. Actualmente, a presidente da fundação é Susan
Berresford, membro executivo do Chase Manhattan Bank, mas ela também é
membro da Comissão Trilateral e do Council on Foreign Relation
(CFR).
O conselho de administração da Fundação
Ford é composto por membros da Xerox, Alcoa, Coca Cola, Levi-Strauss,
Reuters, Time warner, CBS, Bank of Enlgand, J.P. Morgan,
Texaco,Carlyle,...
O combate actual da fundação já não é o
perigo comunista, mas sim, formar os futuros dirigentes mundiais para os
tornar mais compatíveis com o pensamento económico americano e
assegurar-se de que os que se opõem à hegemonia dos Estados Unidos não
irão muito para além das suas simples campanhas eleitorais.
A Fundação Ford também financia os
movimentos de oposição aos regimes inimigos. Financia o National Endowment
for Deemocracy e assegura-se da vassalagem dos dirigentes da Nigéria e de
Angola por causa do seu petróleo.
O outro grande domínio de influência da
Fundação Ford é a junto à ONU. Aqui, a fundação promove um modelo menos
agressivo do que o dos neo-conservadores, dando a sensação de uma maior
abertura à ONU e uma diplomacia menos agressiva.
Foi assim que Koffi Annan, com a sua
aparência moderada, foi eleito para a ONU. Koffi Annan foi financiado pela
fundação Ford para ir estudar nos Estados Unidos, no MIT, antes de
prosseguir os seus estudos na Suíça. Próximo de Madeleine Albright, foi
nomeado secretário-geral da ONU por ser tido como "o homem dos
americanos".
Controlo da informação e movimentos
alternativos.
A Fundação Ford tem um grande peso nos
media. No passado financiava os jornais anti-comunistas, actualmente
financia jornais alternativos, juntamente com o Instituto de George Soros.
A finalidade é penetrar os reservatórios do pensamento critico que
constituem esses jornais alternativos, para os sabotar do interior focando
a critica sobre temas bem definidos e omitidos informação perturbadora
para o sistema americano.
A Fundação Ford também financia
abundantemente os movimentos e reuniões alter-mundialistas como o Fórum
Social Mundial. Esta intrusão permite-lhe ter um peso decisivo nos debates
dessas organizações. Para perceber bem essa influência, chegou-se ao ponto
de ouvir dizer a alguns militantes desses fórum que punham em causa o FMI
e o Banco Mundial, e que seria necessária uma taxa sobre as transacções
financeiras que essa deveria ser colectada e gerida pelo....FMI.
Convém não esquecer que a Fundação Ford
não financia o Fórum Social Mundial por partilhar das suas ideias, mas ao
contrário financia-o para o poder neutralizar. O mesmo se passa com os
financiamentos de organizações estrangeiras. Estas servem para alimentar
os conflitos e as rivalidades internas de um país, enfraquecendo os
movimentos anti-americanos e facilitando o triunfo dos mais brandos sobre
os mais perturbadores para os Estados Unidos.
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