REENVIANDO
VIOLÊNCIA MORAL
As reflexões sobre o assédio moral no trabalho vem despertando um trocar de experiências e compartilhamento de entendimentos, visando a extirpação desse mal do século capitalista nas relações, quer laborais, quer familiares, quer mesmo até no ambiente escolar (bullyng).
Veja os debates na rede dos operadores em saúde do trabalhador.
Assunto: | Assédio moral no ambiente de trabalho é recorrente |
Boa Noite, É maravilhoso encontrar e reencontrar pessoas que tem um cérebro que pensa e um coração que ousa sonhar, que é possível despertar reflexões, discussões, provocar inquietações sobre um assunto tão pertinente, como é o assédio moral no trabalho. Como dizia anteriormente em um e-mail enviado a Geolipia, discutir assédio moral no trabalho, perpassa discussões sobre todo o cotidiano, sobre os reflexos dos elementos em nós. O consumismo, o individualismo exacerbado do século XXI, as desigualdade sociais, o bullying no ambiente escolar, dentre tantas outras. Os agressores do assédio moral no trabalho podem ser os mesmos (e a literatura já traz isso) que foram agressores ou mesmo vítimas de bullying e hoje querem dar uma resposta, covarde sim, mas uma resposta. É um assunto tão complexo, tão importante, e que as vezes, eu na minha incessante inquietação, me angustio, porque olho em volta e sinto uma dormência acadêmica, uma dormência nas organizações sindicais, parece que todos dorme em berço esplêndido, (juro que não quero esse berço) , outros se unem, tentam, vão a luta, mesmo assim, temos os impasses burrocráticos. Como pode um projeto está desde 2003? Pode. O projeto de lei que deu origem a lei 10.216 de proteção ao portador de transtorno mental, ficou tramitando no congresso durante quase 11 anos, e foi aprovado com várias ressalvas, e eu me questiono, o que falta? Falta mais pessoas engarjadas nesta luta? E, porque essa falta, se diariamente pessoas são afastadas dos seus trabalhos, vêem suas carreiras interrompidas, são forçadas a tomar um novo rumo em suas vidas? Ou melhor, a não terem um rumo. Muda-se o caminho do indivíduo, este não é livre para escolher, é afastado, aposentado por invalidez, e pronto, é mais um na fila do INSS. E, todos os anos forma-se vários profissionais da área da saúde, que como diria Guatarri, devem ter recebido uma viseira na academia, porque é incapaz de pensar o outro, de adentrar a algum movimento que realmente faça diferença. Normalmente estar-se mais preocupado com as publicações, como se artigos cientificos (não estou desmerecendo produção de conhecimento, apenas acho que não é só isso) vá resolver. Quantos trabalhadores da construção cívil que sofre diariamente humilhações, que enveredam pelo caminho do alcoolismo, que tomam rivotril para dormir, ou tentam o suícidio para dar um basta no sofrimento, na perda da dignidade, ler estas produções? Esta crítica é direcionada a algumas academias que incitam publicações e publicações porque isso conta, para mestrado, doutorado, dentre outros. È preciso ter títulos, eu penso, é preciso ter respeito pelo outro, antes de ter o título. Mas nem só de desabafos e angústias é este e-mail, provavelmente na próxima terça feira, eu juntamente com Geolipia e mais algumas pessoas estaremos oficilializando, formando, o primeiro grupo de estudo sobre assédio moral no trabalho no RN, estou muito feliz com isso, e tenho que te agradecer Schi.... Agora que percebi que cliquei em responder a todos, mas não vou apagar os outros nomes que não conheço, já que está assim, assim vai. Perdõe-me pelos erros gramaticais e pela angústia....as vezes não dou conta....digamos que a catarse não foi feita. abraços.... E ... Persistência, Esperança...um novo dia se aproxima...e com ele...temos 24 horas para modificar o que nos deixa infeliz.... Gê Date: Wed, 6 Apr 2011 14:37:20 -0300 Subject: Re: [jutra.org:5782] Assédio moral no ambiente de trabalho é recorrente From: schiazevedo@gmail.com To: lidia@conabi.cu CC: saudetrabalhador@grupos.com.br Querida Lidia, Sempre muito bom ter noticias suas e ler o que escreve, beijos com saudades. José Adelino, seria importante ter a resposta da Lidia nas redes que voce encaminhou o email anterior, saudades de voce tambem. Tomo a liberdade de acrescentar o conceito de assédio moral no trabalho que a Dra Margarida nos traz, quando diz que: “é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comum em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.” A questão do desistir do emprego ou a imposição do "medo" em perder o trabalho, é muito presente e evidente. As denuncias que recebo há o fato de que a vitima de assédio moral não é uma pessoa bem vinda naquele lugar, ou ela se adapta as "normas", ou desiste. E se não desiste, reforçam e multiplicam a violência. Infelizmente, o capitalismo nos fez refens da coisificação do ser humano, como Heloani tratou abaixo, não mais nos percebemos como pessoas, como gente. No mundo globalizado, capitalista, não há espaço para a solidariedade, para laços de cumplicidade, de respeito. Creio que este é o nosso grande desafio, despertar na classe trabalhadora o ser humano genérico, onde a minha dor é a mesma que a sua, somente desta forma poderemos mudar as relações entre iguais e, com muita união, juntos vencermos a força do capital. Espero este ano avançarmos no Brasil, quando a luta pelo trabalho decente entra como pauta principal nos Movimentos Sociais e Sindical, o Projeto de Lei (2369/03) que apresentamos em 2003, conceituando o assédio moral, continua na Câmara Federal sem qualquer movimentação. Temos muito a caminhar, nos restam as jurisprudencias no Tribunal Superior do Trabalho, a sensibilização do judiciário para esta questão, infelizmente como medidas reparativas e "compensatórias". Para a prevenção deste mal, apenas quando trabalhadores e trabalhadoras conseguirem se perceber como iguais em uma disputa constante com o capital. Não acredito em pactos entre patrão e trabalhador, um outro trabalhador ou trabalhadora sempre será punido, penalizado/a por uma culpa que não é sua. Desculpem, mas sou militante pelo fim do assédio moral no trabalho e me empolgo ao escrever. Saudações Solidárias Schirlei Azevedo Em 6 de abril de 2011 12:08, lidia <lidia@conabi.cu> escrev
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