Carta O
Berro......................... .............................. ..repassem
24.04.12 - América
Latina
Relatório latino-americano sobre pobreza e desigualdade
aponta problemas e casos de sucesso na região
Natasha Pitts
Jornalista da Adital
Adital
Nesta terça-feira (24), o Rimisp - Centro Latino-americano para o
Desenvolvimento Rural – lançou no México o Informe Latino-americano Pobreza e Desigualdade
2011. A divulgação do relatório aconteceu na Universidade Nacional
Autônoma de México (Unam) e teve a participação de representantes do Governo,
empresários, acadêmicos e pesquisadores de dentro e fora do país, além de
líderes sociais. O relatório também deve ser lançado no Chile, Equador e
Guatemala.
As pesquisas não compararam dados em cada país, mas sim buscaram mostrar em que áreas cada Estado precisa de mais atenção. Em entrevista à Adital, Ignacia Fernández, pesquisadora do Rimisp especializada em políticas públicas, política social, descentralização e cidadania, esclareceu que durante as investigações foi possível detectar as áreas sociais mais vulneradas.
"No setor rural, as principais necessidades são nos âmbitos da saúde, educação e emprego em outra área que não seja a agrícola. Hoje a população segue tendo dificuldade em encontrar vagas em outro setor. Na área urbana também existem problemas importantes, mas são outros como delinquência, insegurança, violência e desigualdade”, esclarece.
O relatório também deixa claro que em vários regiões a aplicação de políticas públicas, longe de resolver os problemas locais, está, na verdade, acentuando as desigualdades.
"No relatório há três casos dessas políticas. Um diz respeito à política educacional no Chile, onde falta acesso às camadas mais pobres com relação aos setores médios e altos. Há também o caso do programa Bônus de Desenvolvimento Humano no Equador e os programas de desenvolvimento rural no México”, exemplifica Ignacia, esclarecendo que uma política pode ser benéfica para uma região e ao mesmo tempo ser indiferente para outra e negativa para uma terceira.
Mostrando casos de territórios bem sucedidos, o relatório aponta experiências em que regiões conseguiram, a partir de dentro, com o apoio e trabalho da população local, chegar ao desenvolvimento com crescimento econômico e inclusão social, como aconteceu com Serra Sul, no Peru e Santander, na Colômbia. Para Ignacia estes são exemplos de que, apesar das desigualdades consideráveis, há condições para se reverter os problemas recorrentes nos territórios.
O Informe Latino-americano Pobreza e Desigualdade foi uma iniciativa do Programa Dinâmicas Territoriais Rurais e do Projeto Conhecimento e Mudança em Pobreza Rural e Desenvolvimento, ambos de Rimisp, com a intenção de incentivar o debate sobre os principais problemas que afetam os países da América Latina e os impede de crescer reduzindo a pobreza e a desigualdade.
Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, México e Peru foram analisados qualitativa e quantitativamente por pesquisadores que se detiveram às dimensões econômicas e sociais que são determinantes para a manutenção das desigualdades territoriais em cada país. O relatório também focou as implicações dessas desigualdades para as políticas públicas e sua relação com as capacidades institucionais de cada país estudado.
O relatório está dividido em duas parte. Na primeira são oferecidos dados sobre desigualdades territoriais em educação, saúde, dinamismo econômico e emprego, renda e pobreza, segurança cidadã e gênero. Já a segunda estuda as desigualdades com relação ao papel que as políticas territoriais desempenham em cada parte do país. Esta metade do relatório também analisa as capacidades dos governos de gerir os territórios e apresenta casos de desenvolvimento territorial bem sucedido.
O informe completo, em espanhol, pode ser acessado AQUI.
As pesquisas não compararam dados em cada país, mas sim buscaram mostrar em que áreas cada Estado precisa de mais atenção. Em entrevista à Adital, Ignacia Fernández, pesquisadora do Rimisp especializada em políticas públicas, política social, descentralização e cidadania, esclareceu que durante as investigações foi possível detectar as áreas sociais mais vulneradas.
"No setor rural, as principais necessidades são nos âmbitos da saúde, educação e emprego em outra área que não seja a agrícola. Hoje a população segue tendo dificuldade em encontrar vagas em outro setor. Na área urbana também existem problemas importantes, mas são outros como delinquência, insegurança, violência e desigualdade”, esclarece.
O relatório também deixa claro que em vários regiões a aplicação de políticas públicas, longe de resolver os problemas locais, está, na verdade, acentuando as desigualdades.
"No relatório há três casos dessas políticas. Um diz respeito à política educacional no Chile, onde falta acesso às camadas mais pobres com relação aos setores médios e altos. Há também o caso do programa Bônus de Desenvolvimento Humano no Equador e os programas de desenvolvimento rural no México”, exemplifica Ignacia, esclarecendo que uma política pode ser benéfica para uma região e ao mesmo tempo ser indiferente para outra e negativa para uma terceira.
Mostrando casos de territórios bem sucedidos, o relatório aponta experiências em que regiões conseguiram, a partir de dentro, com o apoio e trabalho da população local, chegar ao desenvolvimento com crescimento econômico e inclusão social, como aconteceu com Serra Sul, no Peru e Santander, na Colômbia. Para Ignacia estes são exemplos de que, apesar das desigualdades consideráveis, há condições para se reverter os problemas recorrentes nos territórios.
O Informe Latino-americano Pobreza e Desigualdade foi uma iniciativa do Programa Dinâmicas Territoriais Rurais e do Projeto Conhecimento e Mudança em Pobreza Rural e Desenvolvimento, ambos de Rimisp, com a intenção de incentivar o debate sobre os principais problemas que afetam os países da América Latina e os impede de crescer reduzindo a pobreza e a desigualdade.
Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, México e Peru foram analisados qualitativa e quantitativamente por pesquisadores que se detiveram às dimensões econômicas e sociais que são determinantes para a manutenção das desigualdades territoriais em cada país. O relatório também focou as implicações dessas desigualdades para as políticas públicas e sua relação com as capacidades institucionais de cada país estudado.
O relatório está dividido em duas parte. Na primeira são oferecidos dados sobre desigualdades territoriais em educação, saúde, dinamismo econômico e emprego, renda e pobreza, segurança cidadã e gênero. Já a segunda estuda as desigualdades com relação ao papel que as políticas territoriais desempenham em cada parte do país. Esta metade do relatório também analisa as capacidades dos governos de gerir os territórios e apresenta casos de desenvolvimento territorial bem sucedido.
O informe completo, em espanhol, pode ser acessado AQUI.
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