NOTA PÚBLICA | É momento de resistência democrática!
17/03/2016
A Abong – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, que
representa cerca 250 Organizações da Sociedade Civil (OSCs), em 23
Estados, e atua na defesa de direitos, da democracia e da justiça
social, reunida em Assembleia Geral, vem a publico declarar sua profunda
preocupação com os rumos que os processos políticos têm tomado na
América Latina e, especialmente, no Brasil, onde governos legitimamente
eleitos têm sofrido ataques dos grandes grupos econômicos e da grande
mídia.
Para a Abong, a atual crise política é fruto da crise do sistema
politico brasileiro, sequestrado pelo poder econômico por meio do
financiamento empresarial das campanhas eleitorais e pela incapacidade
do Estado brasileiro e do atual Governo Federal de ampliar mecanismos
efetivos de participação social e popular.
Soma-se a esta crise de representação o fato de segmentos sem voto e,
portanto, sem controle popular, como setores do sistema judiciário, dos
meios de comunicação social e dos aparatos policiais, assumirem postura
de partidos políticos, tentando sequestrar a frágil e recente democracia
brasileira.
Embora profundamente crítica aos rumos que o governo Dilma tem
escolhido, a Abong não pode compactuar com a tentativa de golpe,
materializado pela ameaça de destituição de uma presidenta legitimamente
eleita.
A Abong reitera sua posição sobre a necessidade de uma profunda reforma
política, consubstanciada pela ampliação dos mecanismos de participação
direta, da democracia participativa e pela reforma do sistema partidário
com a eliminação do controle empresarial dos mandatos. Mais que isso, a
busca por justiça fiscal, democratização do sistema de justiça e
controle social sobre as concessões dos meios de comunicação.
Independente das posições políticas e ideológicas, a Abong conclama a
sociedade para a luta conjunta pela democracia, valor estratégico para a
construção de um país socialmente justo, igualitário, culturalmente
diverso e ambientamente sustentável.
Nos juntamos aos movimentos e Organizações da Sociedade Civil em defesa
das nossas conquistas, direitos e pela democracia, única forma real e
efetiva de combater a corrupção estrutural num país profundamente
desigual.
Não ao Golpe! Nossa luta continua!
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