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miércoles, 30 de mayo de 2012

Tinkunaco 0735/12 - Re: [Carta O BERRO] PARA A HISTÓRIA NÃO SER ESQUECID

Carta O Berro.........................................................repassem
 
 
 
 

MOVIMENTO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS/Brasil INFORMA:

Correio do Povo


ANO 117 Nº 240 - PORTO ALEGRE, DOMINGO, 27 DE MAIO DE 2012
O MAPA DA TORTURA NA CAPITAL
<br /><b>Crédito: </b> RICARDO GIUSTI / CP MEMÓRIA

Crédito: RICARDO GIUSTI / CP MEMÓRIA
Projeto Marcas da Memória quer tornar público os locais em Porto Alegre, como a Ilha do Presídio, que, entre 1964 e 1985, foram utilizados pela ditadura militar para a prática de tortura e prisão dos contrários ao regime.

Para a HISTÓRIA não ser esquecida
Crédito:
Praça Raul Pilla
Uma corrida contra o tempo foi iniciada com o objetivo de marcar as áreas que, entre 1964 a 1985, foram utilizadas em Porto Alegre pela ditadura militar para torturar e prender pessoas contrárias ao regime político.
O presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), Jair Krischke, estima que 75% da atual população brasileira não era nascida quando ocorreu o golpe. Por isso, os locais estão sendo identificados antes que a história se perca. Os primeiros 12 devem receber, até 2013, placas padronizadas ou totens com inscrições que mostrarão um pouco do que ocorreu durante os "Anos de Chumbo".

O projeto, denominado Marcas da Memória, foi idealizado através de um convênio entre a prefeitura e o MJDH. A intenção é tornar de conhecimento público todos os espaços que foram centros de detenção ou que tinham relação com a ditadura. Outros locais devem ser incluídos na lista, em um prazo de 24 meses - período de duração do convênio. "Sempre quando se mexe nessas histórias, surgem novas informações. Nós não sabemos o que realmente aconteceu e queremos montar o quebra-cabeças", afirma Jair Krischke, que é ativista dos direitos humanos desde a década de 1960.
Ele avalia a relação do Brasil com outros países do Cone Sul.

Com a Argentina e com o Uruguai, que cultivam a história, o Brasil pouco produziu na literatura a respeito da época.

O Rio Grande do Sul foi um Estado estratégico e se tornou foco da repressão, por ser fronteira. Além disso, o Exército e a Polícia gaúcha trabalhavam em sintonia - relação diferente do restante do país. Essa é uma das explicações para a Capital abrigar o primeiro centro de tortura clandestino do Brasil, localizado na rua Santo Antônio. O imóvel, que é um dos símbolos mapeados pelo MJDH, era comandado por militares, mas policiais também atuavam ali, investigando supostos conspiradores. Pelo menos quatro pessoas que trabalharam no endereço já foram identificadas: um delegado de Polícia, um médico, um economista e um professor de Educação Física. Alguns deles teriam, inclusive, tentado incorporar o período que estiveram na casa ao tempo de serviço para a aposentadoria.

Segundo Krischke, o uso da tortura não era uma prática militar no Brasil, então o regime importou da França procedimentos utilizados depois da 2 Guerra Mundial. Estrangeiros chegaram a vir para Porto Alegre para ensinar a obter informações por meio da força. Um dos lugares que teria sido escola para esse fim é o Palácio da Polícia. Com a iniciativa, quem visitar a Capital, saberá que a cidade guarda, além de belas paisagens, uma triste história que não pode ser esquecida.

PRAÇA RAUL PILLA

Onde hoje está a praça Raul Pilla (médico e ex-deputado federal), na rua Duque de Caxias, ficava um prédio do quartel da Polícia do Exército (PE), usado como prisão política. O coronel Alfredo Ribeiro Daudt, avô de Brizola Neto, foi um dos que ficou detido no local. A idealização do viaduto José Loureiro da Silva, inaugurado na década de 1970, fez com que o edifício precisasse ser destruído.

PALÁCIO DA POLÍCIA

A sede do Dops em Porto Alegre funcionava no Palácio da Polícia. Há suspeitas de que, no edifício, funcionou uma escola de tortura.

PRESÍDIO CENTRAL

Pouco antes da desativação da Ilha das Pedras Brancas, conhecida como Ilha do Presídio, na década de 1980, dezenas de detidos políticos foram transferidos para o Presídio Central. A unidade foi adaptada para receber aquelas pessoas, que ficavam em uma ala reservada.

REGIMENTO DE INFANTARIA

As celas do 18° Regimento de Infantaria abrigavam acusados de crimes contra a segurança nacional. Hoje, o local é sede do Tecnopuc.

CAIS DO PORTO

O Cais do Porto era um dos lugares de embarque para os condenados pelo Tribunal Militar que seguiam para o cárcere, rodeado pelas águas do Guaíba. Uma pequena embarcação fazia a viagem da margem até a ilha.

DOI-CODI

O Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) em Porto Alegre foi um dos últimos a ser criado no Brasil, no final da década de 1970, depois da desativação do "Dopinha". A sede foi instalada no quartel do Exército, localizado na rua Luiz Afonso. Poucas pessoas ficaram presas no local, que servia, especialmente, para espionagem.

ANTIGA FEBEM

A antiga Febem recebia as mulheres e os dirigentes sindicais. Em uma parte do complexo, em frente ao estádio Beira-Rio, ficavam os jovens infratores e, em outra, os presos políticos. Até hoje não se sabe, ao certo, quantos estiveram enclausurados no local.

ILHA DO PRESÍDIO

Para a Ilha das Pedras Brancas, que ficou conhecida como Ilha do Presídio, iam os homens considerados mais perigosos.

12º RCMEC

O quartel do 12° Regimento de Cavalaria Mecanizado abrigava uma prisão para os supostos subversivos presos pelo regime militar da época. À beira do Guaíba, muitos eram torturados, tendo a cabeça afundada na água.

VILA ASSUNÇÃO

O prédio onde hoje é Daer era um dos lugares de onde partiam barcas que levavam os presos e os seus familiares à Ilha do Presídio.


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